Ana Paula Pires, Caroline Dias
Ao
longo da história ocorreu que se denomina na atualidade de união homoafetiva.
Porém, o que pode significa esse termo?
Podemos
pensar que este termo é novo, mas quase todas as pessoas sabem o que significa.
É a união de duas pessoas sobre mesmo sexo. O que se denomina de
homossexualidade. Os homossexuais encaram muitos desafios na sociedade
contemporânea, como de demonstrar em público afeição pelo parceiro, à
dificuldade de se casar e ser visto com status de casado com pessoa do mesmo
sexo, a adoção de criança para se constituir uma família, entre outros.
No
contexto social existem aqueles que defendem a união homoafetiva, enquanto
outros são contra. Estes geralmente são conservadores e defendem o direito e a
constituição da família patriarcal, onde o homem é o provedor do lar e a mulher
cuida da casa e dos filhos. A união
homoafetiva vai contra o princípio que defendem.
Essas
pessoas questionam ou desconhecem a história, e julgam ser anormal o ser humano manter um relacionamento amoroso
com uma pessoa do mesmo sexo. Se considerarmos anormal práticas pouco usuais,
podemos resgatar vários exemplos na história antiga que demonstram que não é
tão anormal assim. Na antiga civilização egípcia, mesopotâmia, existiam
relações sexuais entre pessoas do mesmo sexo e eram reconhecidas socialmente.
No Egito antigo, por exemplo, na tumba do Faraó Iknnaton, havia representações
dele em posições íntimas com seu companheiro.
Pode-se
afirmar que havia grande prevalência de uniões homoafetivas na cultura
greco-romana. E havia certa tolerância nestas relações.
Já Idade Média começam a surgir os primeiros
sinais de intolerância sobre a relação homoafetiva. O código de Justiniano de
533 proíbe a relação intima entre pessoas do mesmo sexo,pois violava o ideal do
casamento cristão entre pessoas de sexos diferentes. Podemos observar uma
mudança das representações sociais,
principalmente sob influência da igreja. A visão religiosa espalhava a
ideia de que “casamento homoafetivo era pecado e quem aderisse não conseguiria
a salvação”. Para a igreja cristã, o
casamento se baseia apenas na relação heterossexual, constituída por homem-
mulher seria que devem ser monogâmicos e ter relações para procriação.
No contexto atual brasileiro, os indivíduos que
defendem um reconhecimento das relações homoafetivas conquistaram espaço, porém
ainda enfrentam desafios.
A luta pelos direitos
dos casais homoafetivos no Brasil é antiga, envolvendo movimentos e processos
para legalização das uniões estáveis.
Em
5 de maio 2011 o supremo
tribunal federal (STF), reconhece e aprova direito do casamento homoafetivo.
Sendo que, todo território brasileiro, deve-se realizar o casamento. Em 14 de
maio de 2013 o Conselho nacional de justiça (CNJ), decretam que todos os
cartórios de registro civil devem realizar o casamento homoafetivo.
E assim poderemos construir e garantir o respeito a todos os cidadãos.
Sendo cada um responsável pela própria felicidade. E que toda forma de amor
seja justa e respeitada.
Referências
COSTA, Angelo Brandelli; NARDI, Henrique Caetano. O casamento "homoafetivo" e a política da sexualidade: implicações do afeto como justificativa das uniões de pessoas do mesmo sexo. Rev. Estudo. Feminista. vol. 23 nº.1 Florianópolis Jan/Apr. 2015.
FARO, Julio Pinheiro, FARO, Julio Pinheiro. O casamento civil homoafetivo e sua regulamentação no Brasil. Rev. Bioética y Derecho. nº 32. 2014.
COACC, Thiago. DO homossexualismo à homoafetividade: discursos judiciais brasileiros sobre homossexualidade. Sex. Salud. Soc. (Rio J.) nº 21. Rio de Janeiro, Sept./Dec. 2015.
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