Aline de Paula, Lanna
Gabriela, Shaiene Araújo
Você já tentou se colocar
no lugar do outro, entender o que o outro está sentindo ou pensar como o outro
está pensando? Se sim, você já demostrou empatia por alguém. Diferente do que
muitos pensam empatia não é simpatia, simpatia é entendida como, pena, dó ou incomodo pelo
infelicidade do outro, mas não uma há uma conexão. Já a empatia vem da
perspectiva de se colocar no lugar do outro, entendendo suas emoções e aflições,
sejam elas físicas ou psicológicas. Metaforicamente, ter empatia é o mesmo que
calçar os sapatos de alguém.
A empatia não é
considerada uma característica exclusiva dos seres humanos, apesar de ser mais
expressa neles, mas está presente também em outros animais, que alertam seu
bando quando o predador está a caminho. Pessoas empáticas são vistas como,
sensíveis, amigáveis e calorosas, o que é fundamental para nutrir relações
agradáveis e criar ambientes harmoniosos.
Considera-se a empatia,
como uma capacidade inata em recém-nascidos, já que eles precisam se conectar,
afetuosamente, com os adultos. No entanto, estudos indicam que crianças entre 2
a 7 anos, são naturalmente egocêntricos, pensam apenas nelas e não se importam
com o outro. Portanto, a continuidade dessa empatia vai depender do contexto
social em que a criança está inserida, sendo ela estimulada ou não, a esse
sentimento.
Os cuidadores devem ajudar as crianças a se
expressarem e é importante estar cientes que, as dificuldades nas interações
sociais que as crianças nos vivenciam,
fazem parte da realidade das mesmas. Como por exemplo o ato de um colega não
emprestar algum brinquedo, ou excluí-la de uma alguma brincadeira, para ela
pode ser considerado um ato de repressão, mas são processos sociais naturais no
desenvolvimento humano. Contudo, configuram oportunidades para que os pais ou
cuidadores ensinem práticas empáticas de compreensão da perspectiva do outro.
Para lidar empaticamente com tais situações,
necessita-se levar as crianças a um entendimento do que o outro pode pensar e sentir
quando ela pratica um ato de repressão ou agressividade, para que elas possam
se imaginar no lugar do outro. Deste modo, as crianças vão poder refletir sobre
como seus atos refletem em outras crianças ou adultos. Lembrando que, usar
alguma forma de punição não ajudará a criança a ter um comportamento
pró-social, podendo acarretar diversos problemas. A criança pode tornar-se mais
inibida, por sentir medo; ou até mesmo violenta, por aprender que a agressão é
uma estratégia para a resolução de problemas. Estes métodos não auxiliam o
desenvolvimento da empatia, podendo gerar conflitos e frustração.
Algumas formas simples de
estimular a empatia em crianças são:
·
Ler
pra criança: através das histórias as crianças se imaginam no lugar do
personagem;
·
Contar
sobre seus sentimentos para a criança: isso estimula a se colocar no lugar do
outro;
·
Expor
as diferenças: mostrar pra criança pessoas diferentes dela e estimular a
aceitação da diversidade;
·
Aproveitar
as oportunidades: quando a criança relatar uma história a respeito de outra
pessoa, faça perguntas do tipo “porque você acha que seu amiguinho agiu assim?”;
e por fim
·
Seja
empático: as crianças aprendem ao observar como os adultos agem. Vocês são os
modelos nos quais elas se espelham.
Deste modo, desenvolvendo a empatia na criança, estaremos
ajudando em seu desenvolvimento pessoal, favorecendo que seja uma criança mais
receptiva, sensibilizada e afetiva, diminuindo atos de violências e constrangimentos.
Pesquisas relatam uma relação entre empatia e altruísmo, que envolve ações que
beneficiam os outros. Logo, ao contribuir para uma formação empática, também
estaremos ensinando as crianças sobre a importância de ajudar o próximo.
REFERÊNCIA
MOTTA, D. C. et. al. Práticas educativas positivas favorecem o desenvolvimento da empatia em crianças, v.11, n. 3, p. 523-532, 2006. Disponível em: <http://www.scielo.org/php/index.php>. Acesso em: 27 abr. 2016.
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