Estudante
de Psicologia.
O
aborto é um tema que vêm tendo uma grande repercussão no país e no mundo. No plano
mundial, foi a partir do movimento de maio de 1968 que a defesa da legalização
do aborto entrou no cenário público como bandeira do movimento feminista. Desde
então, abriram-se vários questionamentos morais, políticos e ideológicos,
levando em consideração a realidade de cada país.
A
primeira problematização que se tem quando se trata de um aborto é a descriminalização,
afinal estamos falando de uma vida; mas trata-se apenas de uma vida? Pessoas
defendem o aborto pensando nas dificuldades, consequências e mudanças na vida
da gestante que são consideradas relevantes, outra questão é a situação da
criança que está por vir e as condições que quase sempre a mãe tem para
oferecer, assim questionam: Um aborto seria pior do que talvez uma escassez de
cuidados e educação, um futuro abandono?
Por
outro lado, há pessoas que criminalizam o aborto acima de qualquer
questionamento ou justificativa, acreditando que é a obrigação da mãe assumir
suas responsabilidades e arcar com as consequências. Principalmente por tratar-se
de um ser indefeso e sem culpas, a sociedade luta a favor da vida.
O
aborto desencadeia uma série de situações a serem analisadas, tanto da mãe,
quanto da criança que está por vir. Particularmente, é aceitável quando a
mulher é vítima de uma violência sexual e seu trauma resulta na rejeição do
filho, afinal estamos tratando de um crime e de um pai criminoso. Outra
situação relevante para o aborto é o de anencéfalos (fetos sem cérebro). Fato
interessante é que, no julgamento em que esta situação foi legalizada, não foi
usado o termo ABORTO, sendo substituído pelo termo “antecipação terapêutica do
parto”.
Pessoas
fazem campanhas contra o aborto nas redes sociais que camuflam diferentes
problemas e situações da individualidade de cada ser. Gerar um filho a qualquer
custo também é um problema social sério, pois uma criança sem auxílio e
orientação de seus pais/responsáveis estão quase sempre a mercê do mundo do
crime, drogas.
É
relevante a questão de “pensar antes de fazer”, mas depois de feito? A dúvida entre ser posta em perigo com
diferentes tipos de remédios ou abortos em fundos de quintais, onde seu corpo e
sua consciência não mais serão os mesmos ou dar continuidade a uma gravidez
conturbada, indesejada e sem a mínima condição para “colocar um filho no mundo”
é sim passível de discussão.
Uma
gravidez não planejada em qualquer situação pode ser um choque, já que estamos
falando de um filho, uma responsabilidade para a vida toda. Não é fácil, mas
existem muitos fatores envolvidos. Pode ser possível quando existe o
comprometimento dos que estão envolvidos, mesmo que essa mãe seja uma menina de
15 anos. Afinal, a idade aqui é o que há de menos relevante diante de tantos
problemas sociais que esse assunto envolve.
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