Márcia Máximo
O tema violência psicológica infantil adentra o dia a dia de todo indivíduo. Está nos noticiários televisivos e impressos. É comum ouvirmos relatos de xingamentos ou palavras que causam danos psicológicos à criança, agressões de caráter físico como espancamento, queimaduras ou abuso sexual que também causam danos psicológicos.
O medo tem aterrorizado o mundo, o homem vive desconfiado, preocupado apavorado só de pensar que pode estar em tal situação. A violência psicológica ao sair da invisibilidade pode colaborar para o aumento da prevenção e da proteção desta natureza de violência.
A violência é uma questão fundamental para a área de saúde devido ao seu impacto nas condições de vida e de saúde da população, especialmente quando acontece durante a infância, quando ainda estão em processo de desenvolvimento físico e psicológico. .
Sabe-se dos abusos na infância através da "síndrome da criança espancada", impulsionando estudos sobre violência física e violência sexual e seus impactos na saúde de crianças. A violência psicológica, oriunda destas práticas, acarreta ataques ao ego da criança, mudando toda sua vida, trazendo conseqüências que perduram e geram sofrimento.
A violência psicológica estimula na criança uma confusão de valores e verdades, que pode acabar em grandes prejuízos. É nítido nos adolescentes vítimas de violência durante a infância o desejo pelo suicídio, as fugas, o uso de drogas ilícitas, álcool e cigarro. Os prejuízos são incalculáveis. Na grande maioria dos casos, isso tem uma raiz.
“Como foi dito em uma matéria recente do jornal americano The New York Times, a maioria dos pais de hoje jamais bateria em seus filhos. Mas, lamentavelmente, essa é uma geração que grita”. Amy McCready, fundadora da Positive Parenting Solutions, afirma sem dúvida que o grito é o novo tapa. Eles já compreendem que o melhor é não bater nas crianças, mas não sabem o que fazer. Em meio a essa confusão, se sentem incapazes, ficam irritados e automaticamente aumentam a voz. Areação é diferente dependendo da idade. Os bebês ou crianças pequenas podem ficar muito assustados, já os adolescentes podem marchar que os pais estão descontrolados e não considerar a mensagem que tentam ensinar, ou seja, perdem autoridade.
Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, a violência pode ser:
.Passiva, quando acontece abandono emocional ou desinteresse dos cuidados afetivos.
.Ativa, quando é dita de forma verbal usando de ameaça, castigos, críticas, rejeição e isolamento. Existem pais que acham que gritar, humilhar, castigar e denegrir é correto e não há prejuízo algum.
A psicologia nos mostra que aprendizagem é imitação, sendo assim, a criança se espelha no adulto, e conseqüentemente é afetada pelas palavras que ouve. Quando há um despreparo dos pais, a criança pode ser duramente prejudicada no seu desenvolvimento, na formação do seu caráter e de inúmeras outras formas.
É muito triste saber que aqueles em quem a criança deposita sua confiança e segurança, o seu super herói, muitas vezes, não se dedicam em prol de uma relação positiva com seus filhos. . .
Existe muita gente sofrendo e/ou causando sofrimento no outro. Caso não consiga sozinho, procure ajuda de um profissional. A psicologia pode contribuir para que você tenha mais qualidade nas relações familiares.